quarta-feira, 30 de novembro de 2016

29/11/2016: o dia em que o sonho virou pesadelo

Associação Chapecoense de Futebol. Fundada em 10 de maio de 1973 e conhecida mundialmente em 29 de novembro de 2016. Conhecimento que qualquer clube de futebol gostaria de ter. Imagina ver a camisa do seu time sendo usada por chineses, alemães, escoceses, peruanos, australianos, marroquinos e outras tantas nacionalidades? Ver o seu time ser notícia em todo o mundo? Seria um sonho, não é?


A Chapecoense vive esse sonho. Sonho não, pesadelo. A equipe seguia rumo à sua primeira final internacional, contra o Atlético Nacional. O jogo, válido pela primeira parte da decisão da Copa Sul-Americana, seria disputado na Colômbia. O clube do interior de Santa Catarina, já querido por alguns torcedores por golear times como Internacional, Palmeiras e Fluminense, vivia seu ápice.

Mas nas primeiras horas dessa terça-feira, a notícia da queda do avião em que o time viajava, nos deixou boquiabertos. Ainda de madrugada, informações desencontradas e boatos nos deixavam apreensivos. Mas conforme as horas foram passando, essas informações se encontravam e nos dávamos conta de que seria quase impossível ter algum sobrevivente.

A cada morte confirmada, nossa esperança diminuía cada vez mais. Das 77 pessoas presentes no avião, apenas 06 sobreviveram à tragédia. Enquanto os corpos eram resgatados, milhares de mensagens solidárias chegavam dos quatro cantos do mundo. Clubes como o inglês Manchester United e o italiano Torino, que passaram por situações semelhantes, fizeram questão de prestar solidariedade à “Chapeterror”.


















Acidentes como esse nos fazem parar e refletir: poderia ser meu time naquele avião, poderia ser o jogador que eu gostaria de ser quando criança, poderia ser o profissional que eu quero ser quando me formar. Poderia ser eu, poderia ser você. Poderia ser qualquer um de nós. Por isso, “não deixe ninguém passar sem você passar a tua gratidão diária e eterna”.

Seja feliz o máximo que puder, faça feliz o maior número de pessoas que puder. Respeite a escolha do seu semelhante, seja ela sexual, religiosa ou qualquer outra. Trate aquele que torce para o time rival ao seu do mesmo modo que gostaria de ser tratado por ele e por outros torcedores. Hoje somos todos do mesmo time, da mesma cor, da mesma camisa, somos todos Chapecoense. Mas amanhã não.

Amanhã, voltaremos a ser o que nossas próprias ações nos tornaram: rivais e inimigos. Brigaremos por melhorias em nossa sociedade, brigaremos por futilidades e outras tolices. E enquanto brigamos, os comandantes desse país agem da forma que sabem: covardemente. Na calada da noite, enquanto estamos todos ainda em choque com essa tragédia.

Por essas e outras, “aproveite cada momento nessa vida, pois o tempo que já foi embora não voltará”. Ame mais, perdoe aquele que porventura lhe fez mal alguma vez. Não transforme sentimentos bons em ódio, pois todo ódio é ausência do amor. Por fim, não se esqueça que “a vida acontece, simplesmente e nada mais”.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Sabotage eterno: compromisso com o rap (ou Sabotage: eterno compromisso com o rap)

Após mais de uma década, foi lançado, via Spotiy, o tão aguardado álbum póstumo de Mauro Mateus dos Santos. Com onze músicas, sendo três finalizadas ainda em vida, “Sabotage” chegou ao conhecimento do público no último dia 17. O primeiro e único disco do Maestro do Canão, “Rap é Compromisso”, vendeu quase dois milhões de cópias e é um marco histórico no rap nacional.

E assim promete ser seu novo álbum. Logo na primeira faixa, “Mosquito”, Sabota canta que “depois que o homem inventou o revólver, todos corremos perigo”. Profeta ou não, o fato é que, em 2003, ele foi atingido por quatro tiros e deixou, além de muita saudade, letras que ainda soam atuais.

"Sabotage" traz onze canções, sendo três finalizadas ainda em vida pelo rapper


















Como por exemplo: “Pra quem nasceu na sul o sofrimento é evidência”. Os versos de “País da Fome (Homens Animais)” escancaram que a vida na Favela do Canão, assim como em todas as outras comunidades do Brasil, é dura e continua como era treze anos atrás. A letra, que começa com uma repórter noticiando sua morte, traz relatos pessoais do Maestro do Canão, que chega a se emocionar em certo momento.

“Canão Foi Tão Bom” é uma das músicas que foram parar na internet antes da divulgação do álbum. O rapper lembra que “criança na periferia vive sem estudo e só”. Mas também pondera que pra mesma aprender basta ter alguém que ensine. “Essa é a verdade, criança aprende cedo a ter cárater, a distinguir sua classe. Estude, marque. Seja um Martin, às vezes, um Luther King, um Sabotage”, canta.

“Respeito é Lei” também chegou ao conhecimento do público antes que o álbum ficasse pronto. Nela, Sabota faz diversas menções à Zona Sul e ao Brooklin, que como o próprio diz é seu lugar. O bairro também é citado em “Superar”. No início do som, “Brooklin Sul! Rest in peace, everytime!” abre a segunda faixa do disco. A voz é de Shyheim, um dos membros do Wu-Tang Clan, uma das maiores influências de Maurinho, como era carinhosamente chamado pelos mais íntimos.

Sabotage também atacou de ator em filmes como "Carandiru"












“Sabotage” também traz referências da época. “Levada segura, bom filho da puta, sim! Um entertainment! Mega como o Sonic! Fatality!”, refrão de “Levada Segura”, explicita dois famosos jogos de videogame nos anos 2000: Sonic e Mortal Kombat. O mesmo acontece em “O Gatilho”, que cita Tiazinha e Feiticeira, famosas personagens sensuais no início do milênio.

Em “Sai da Frente”, o rapper abre o som mencionando grandes parceiros do clássico “Rap é compromisso”: Daniel Ganjaman e Tejo Damasceno, que, ao lado de Rica Amabis, formavam o núcleo de produção Instituto. Outro amigo, Rappin Hood, um dos responsáveis por tirar Sabota da vida do crime, canta em “Maloca é Maré”.

O diálogo entre os dois, de certa forma, resume o álbum: “Essa base é boa. Isso mesmo, Sabotage. Tá bom, tá aprovado. Certíssimo.” A amizade entre os rappers também é musicada: “Samba com rap, nêgo, cê tá ligado. Como o Hood e Sabotage sempre andaram lado a lado. A fusão perfeita, mais um gol de letra”, canta Rappin Hood.

Mauro Mateus dos Santos: autor, intérprete, músico e versionista















“Sou Sabotage, ou bem ou mal, meu rap age.” “Brigar pra quê se agora é minha vez?”. Esses dois trechos do último som do disco, “Míssil”, demonstram que Maurinho estava ciente do momento que vivia. O sucesso já havia batido à sua porta e além de estar envolvido na produção do próximo álbum, Sabota já estava atacando de ator nos filmes “Carandiru” e “O invasor”.

No início dos anos 2000, o Maestro do Canão mandou o papo: “Quem viver verá, rap é o som, pode chegar favela é um bom lugar”. O refrão de “Quem Viver Verá”, que conta com a parceria de Dexter, mostra o quanto Maurinho estava à frente do seu tempo. Rimas feitas uma década atrás, ainda continuam atuais. Seus versos mostram que, daqui a 20, 30 anos, seu rap ainda fará parte do nosso cotidiano. Exemplos de que Sabotage, assim como seu compromisso com o rap, é eterno.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Máximo respeito

Em latim, secundum; em inglês, respect; em espanhol, respeto; em alemão, respekt; em grego, σεβασμός; em italiano, rispetto; em búlgaro, отношение; em filipino, paggalang; em ucraniano, повага; em persa, احترام. Respeito: substantivo masculino; 1. ato ou efeito de respeitar; 2. consideração, deferência, reverência. Ou simplesmente esta imagem.

Demonstrando imenso respeito a Falcão, iranianos erguem e reverenciam o craque

















Pela primeira vez, o Brasil foi eliminado antes das semifinais da Copa do Mundo de Futsal. Na última quarta-feira (21), na Colômbia, nossa seleção foi derrotada nos pênaltis pelo Irã, após empate em 4x4 no tempo normal, em partida válida pelas oitavas de final da disputa. O jogo marcou a despedida do craque Falcão em mundiais.

O atleta de 39 anos encerrou sua história na Copa do Mundo de Futsal como o maior artilheiro da competição. Falcão chegou aos 48 gols no torneio, ultrapassando o também brasileiro Manoel Tobias, que havia marcado 43. Além dos três gols do ala na partida que culminou com a eliminação do Brasil, uma imagem chamou a atenção do público.

Falcão desolado, enquanto, ao fundo, iranianos comemoram classificação às quartas














Em meio à festa pela classificação às quartas de final da disputa, a equipe do Irã demonstrou um imenso respeito ao camisa 12 da seleção brasileira. Após um abraço do técnico iraniano em Falcão, os classificados à próxima fase tiveram a frieza de parar a comemoração para reverenciar o craque. Os iranianos ergueram e jogaram Falcão ao alto, num claro sinal de respeito e agradecimento ao ala.

Dono de inúmeros prêmios pela seleção brasileira, por clubes e individuais, Falcão não conquistou seu terceiro mundial, mas saiu de quadra como um verdadeiro campeão. Voou alto nos braços dos iranianos, que, em persa, não conseguiriam agradecê-lo pela honra de tê-lo enfrentado e por terem aprendido um pouco com quem sabe muito e ainda tem muito a ensinar nas quatro linhas.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Dias de luta, dias de glória

Por trás da glória pelas medalhas conquistadas por Rafaela Silva, Robson Conceição, Thiago Braz e outros medalhistas estão histórias de luta e superação que só chegam ao nosso conhecimento após o êxito desses atletas durante as Olimpíadas. Histórias que talvez pudessem ser evitadas se não nos interessássemos por judô, boxe e salto com vara apenas de quatro em quatro anos.

E além de nos interessarmos somente nesse período, exigimos que esses e outros esportes nos deem medalhas, não importa o quão nossos atletas tenham sofrido para estar ali ou que os adversários sejam potências olímpicas e nomes certos no pódio. Mesmo sabendo da importância de uma conquista olímpica para o país e o atleta, principalmente, não investimos nessas modalidades.

Nosso primeiro ouro na Rio 2016 veio de Rafaela Silva. A judoca negra, pobre e Silva que é a cara do Brasil. A menina da Cidade de Deus que, há quatro anos, na Olimpíada de Londres, foi desclassificada após a tentativa de um golpe irregular logo em sua estreia. Sua derrota foi seguida de comentários racistas e ignorantes direcionados à sua pessoa nas redes sociais.








Rafaela sentiu o golpe e ficou abalada, precisando ser convencida a voltar a treinar. Mas após muita dedicação e garra, a “macaca que não deveria estar nas Olimpíadas e sim na jaula” (sim, essa foi uma das barbáries que a judoca foi obrigada a ler em seu twitter), deu a volta por cima e se tornou campeã olímpica de judô, fazendo questão de lembrar a todos que “o macaco que tinha que estar na jaula em Londres, hoje é campeão olímpico em casa”.

Judoca Rafaela Silva exibe com orgulho seu ouro olímpico conquistado na Rio 2016
















Robson Conceição se tornou o primeiro brasileiro campeão olímpico de boxe ao vencer o francês Sofine Oumiha por decisão unânime (3x0) dos juízes. O pugilista de Salvador que viu no esporte a chance de aprimorar seus golpes para brigar durante o carnaval baiano, passou por duras decepções em Olimpíadas anteriores. Nos Jogos de Pequim 2008 e Londres 2012, foi eliminado logo nas primeiras lutas. Mas antes que o juiz encerrasse a contagem regressiva de sua carreira, Robson se levantou e determinado, chegou ao topo do esporte, se tornando o maior boxeador olímpico do Brasil.

Thiago Braz, o menino que, de mochila nas costas, ia para o portão esperar para que sua mãe voltasse para lhe buscar, hoje carrega algo valioso em suas bagagens: o inédito ouro olímpico no salto com vara. Criado pelos avós paternos, em Marília, começou no atletismo aos treze anos graças ao tio Fabiano Braz, que foi decatleta. Um ano depois, representou a cidade nos Jogos Regionais. Ou melhor, representaria, caso não tivessem esquecido de inscrevê-lo na competição.

Após superar a falta de varas para treinar no interior de São Paulo, o atleta se mudou para Bragança Paulista e chegou a dormir no chão do alojamento. Aos quinze anos, conquistou o bronze sul-americano juvenil e aos dezoito, já quebrava recordes e deixava de ser promessa para se tornar realidade no esporte. Um casamento, uma fratura na mão e uma mudança para a Itália depois, Thiago chegou ao ápice na modalide e pretende alçar vôos ainda mais altos.

Ainda no ar, Thiago Braz já comemora histórico ouro olímpico após saltar 6,03m
















Apesar de todas as dificuldades, esses e outros atletas como os canoístas Isaquias Queiroz e Erlon Souza e as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze mostraram ao Brasil que o país do futebol também pode ser o país da canoagem ou o país da vela. Após muitos dias de luta, esses atletas viveram dias de glória nas Olimpíadas, com as medalhas de ouro, prata e bronze no peito. Mas o sonho, do qual Robson não quer acordar, acaba no momento em que a Rio 2016 chega ao fim e os campeões se lembram que terão mais 1460 dias de luta para que possam ter a chance de alcançar os desejados dias de glória em Tóquio 2020.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Para o jornalismo esportivo brasileiro, 7x1 foi pouco

“Lá vêm eles de novo”, “olha só que absurdo”, “virou passeio” e “gol da Alemanha”. Nosso coração até bate (sic) quando ouvimos essas frases. Neste mês, comemoramos o aniversário de dois anos do maior vexame da história do futebol brasileiro. Desde o fatídico 8 de julho de 2014, expressões como as citadas acima, passaram a fazer parte do nosso vocabulário. O país do futebol passou a ser conhecido como o país do 7x1.


E nosso jornalismo esportivo, claro, fez graça da nossa desgraça. No dia seguinte à partida, praticamente todos os sites esportivos estampavam matérias do tipo “Veja os melhores memes da derrota histórica do Brasil” e outras. Na mídia impressa, as capas do dia 9 de julho tinham, em sua maioria, um sentimento de revolta, mas ainda assim, era possível perceber alguns trocadilhos sutis.

No ano passado, no primeiro aniversário do 7x1, o twitter foi o local escolhido pela Fox Sports e pelo Esporte Interativo para “reprisar em tempo real” o jogo. A cada gol da Alemanha, mais e mais curtidas, rt’s e seguidores. Os canais “mitaram”, como diriam os torcedores do ~~meu real~~ e do ~~meu napoli~~. A essa altura, nossa imprensa já tinha marcado diversos gols contra e o 7x1 já havia se transformado numa goleada inimaginável.

























Na mídia esportiva, pouco se viu (e se vê) a respeito dos fatores que levaram ao inacreditável placar elástico do Mineirão. Não houve discussão sobre os verdadeiros motivos da goleada, sobre como chegamos àquele episódio. Dois anos depois, nosso jornalismo segue fazendo piada do capítulo mais triste da história do nosso futebol.

Passaram-se dois anos e todo dia é um 7x1 diferente. Fomos eliminados pelo Peru na Copa América, em junho. Sim, o Peru! É mole?! (sem trocadilhos por favor). Quantos 7x1 serão necessários para reformularmos nosso futebol? Quantos novos vexames? Quantas manchetes engraçadinhas? Por enquanto, seguimos com o Bom Senso e o senso comum de que 7x1 foi pouco!

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Os abutres da vida real

O filme “Repórteres de Guerra”, dirigido por Steven Silver, é baseado no livro “The Bang Bang Club”, escrito por João Silva e Greg Marinovich, que, ao lado de Kevin Carter e Ken Osterbroek, são retratados no longa. “Repórteres de Guerra”, que pode ser encontrado no YouTube, conta a história dos quatro fotojornalistas que cobrem a guerra civil na África do Sul, no início dos anos 90, à época sob o regime do Apartheid.

As personagens principais têm o “simples” trabalho de fotografar os conflitos e vender as fotos para um determinado jornal local. Mas é realmente possível fotografar alguém morrendo ou que acabara de morrer e ficar indiferente a tal fato? Os conflitos internos pelos quais passam os fotógrafos, principalmente Kevin e Greg, são retratados na história, que tem a duração aproximada de 110 minutos.


"Tocha Humana", foto que rendeu a Greg o Pulitzer de 1991


À primeira impressão, Kevin Carter, interpretado por Taylor Kitsch, gosta de sair, se divertir com os amigos e aparenta ser bem feliz. Mas a partir do momento em que o seu vício em drogas o prejudica no trabalho, fica claro que ele precisa de ajuda. O vício em entorpecentes pode ser considerado uma válvula de escape de Carter, que, apesar de acostumado a fotografar “cenas fortes”, não se acostumou a conviver com tais memórias.

A triste situação do fotojornalista é explícita a todos logo após Kevin ganhar o Prêmio Pulitzer. Sua foto, intitulada “O Abutre”, em que a ave observa uma criança sudanesa prestes a morrer de fome, o trouxe reconhecimento mundial. Mas também lhe trouxe tristeza, precedida por diversas dúvidas.

A mídia passou a questioná-lo a respeito desua obra. Perguntas como “Você ajudou a criança?” “O que aconteceu com ela apósa fotografia?” “Ela ainda está viva?” o deixavam cada vez mais confuso. O próprio autor da foto teria afirmado que “o homem ajustando suas lentes para capturar o enquadramento exato daquele sofrimento poderia muito bem ser um predador, outro urubu na cena”.


Cheio de dívidas, sem dinheiro algum, sozinho no carro e fazendo uma série de questionamentos sobre sua vida, Carter se suicida. Em sua carta de despedida, relata o desejo de ter a sorte de se encontrar com o amigo Ken Osterbroek, morto há pouco tempo em um dos conflitos da África do Sul.

Além da questão racial, citada por um personagem, que acusa os fotojornalistas (brancos) de ganharem dinheiro fotografando o sangue dos negros, a ética jornalística também é bastante questionada. Como saber o momento certo de fotografar? Como saber o momento de parar? Até que ponto o fotógrafo deve continuar com seu trabalho “sujo”?

Essas e outras perguntas dificilmente serão respondidas. Certo é que, enquanto não encontramos tais respostas, mais questionamentos do tipo surgirão. Paralelamente, à medida em que as dúvidas vão surgindo, mais e mais abutres seguem se alimentando da carniça humana...

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Leicester campeão: GOSTAMOS (pontos corridos: NÃO GOSTAMOS)


É isso mesmo, amigo. O jogo é entre dois times e o grande interessado na partida é uma terceira equipe. No dia anterior, o Leicester havia empatado com o Manchester United e para ser campeão, precisava que o Tottenham não vencesse o Chelsea na segunda. Essa é a famosa ~~era dos pontos corridos~~. A fórmula que, além de privilegiar os clubes com maior poder aquisitivo, faz com que a torcida tenha que esperar 24 horas para soltar o grito de campeão da garganta.

Defensores dos pontos corridos dizem que o sistema é mais justo e privilegia o time mais regular da competição, o que aconteceu com os Foxes. Mas cá entre nós, as chances da equipe vencer a competição novamente são mínimas, quase impossíveis. Entretanto, além de ter derrotado diversos Golias nos pontos corridos, outros ingredientes abrilhantaram ainda mais a campanha do clube na temporada 2015/2016. Confira:

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS





















Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS


Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Pontos corridos: NÃO GOSTAMOS

Por esses e outros fatores, o título foi comemorado não só pelos torcedores do Leicester, como pelos amantes do futebol em todo canto do mundo. Por último, mas não menos importante, caso ainda não tenha ficado explícito: pontos corridos: NÃO GOSTAMOS.